Bate-papo sobre a conscientização e importância do diagnóstico precoce do câncer de mama marca o Outubro Rosa na ACIME

terça, 11 de outubro de 2016

Bate-papo sobre a conscientização e importância do diagnóstico precoce do câncer de mama marca o Outubro Rosa na ACIME

O Outubro Rosa é um movimento mundial que busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce do câncer de mama. Pensando nisso, a ACIME realizou na manhã desta terça-feira (11), um café da manhã para as mulheres empresárias e esposas de diretores da entidade, com um bate-papo com o ginecologista Dr. Evandro Baggio, que explicou e tirou dúvidas sobre as causas do câncer de mama, formas de prevenção e exames.

De acordo com o Dr. Evandro, o câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.

A idade, assim como em vários outros tipos de câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença.

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio de alguns sinais e sintomas. A principal manifestação da doença é o nódulo, fixo e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outros sinais e sintomas são: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; e saída de líquido anormal das mamas.

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.

“É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica”, comenta o ginecologista.

A orientação atual é que a mulher faça a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, como preconizado nos anos 80. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidas.

A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática (mamografia de rastreamento).

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

A empresária, Roberta Nascimento, que passou recentemente pela doença, contou a sua história de superação e falou sobre a importância dos exames preventivos e do diagnóstico precoce.

“No ano passado eu descobri por acaso o câncer de mama que estava em fase inicial. O primeiro alerta que eu tive foi à imunidade que ficou baixa, realizei vários exames, inclusive a mamografia, e então descobri que estava com a doença. Entrei em choque, porque já mais imaginei que fosse passar por isso. A minha sorte foi ter descoberto no início, pois assim consegui tratar e hoje posso dizer que estou 100% curada”, explica.

Roberta também destacou a importância da oração, dos pensamentos positivos, dos amigos e da família durante o tratamento. “Eu fiquei com sequelas, mas descobri que tenho amigas e uma família de ouro ao meu lado. Com certeza esse apoio e amor que recebi, juntamente com a ajuda da medicina, garantiu o sucesso do meu tratamento”, comenta.

A empresária finalizou seu depoimento deixando um recado às mulheres: “Fiquem atentas aos sinais do organismo, caso percebam algo diferente, procurem um médico. A descoberta precoce da doença garante um tratamento mais eficaz e com maiores chances de cura”.

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