Hora in itínere: Elias Zydek informou sobre os efeitos desta lei obsoleta no dia a dia de empresas

quinta, 25 de agosto de 2016

Hora in itínere: Elias Zydek informou sobre os efeitos desta lei obsoleta no dia a dia de empresas

Cooperativas, indústrias e empresas da região sentem com força o impacto do rigor da Justiça do Trabalho, e também das diferentes interpretações dos juízes, a aplicação de uma lei com mais de 70 anos de idade. A Hora in itínere integra a CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, de 1945, e determina, mesmo que obsoleta, relações entre empresas e empregados. Diante das circunstâncias, consequências e análise das saídas possíveis, a direção seguida para os ajustes almejados é a legislativa.

O segundo vice-presidente da Caciopar para Assuntos do Agronegócio, Elias Zydek, informou que representantes do setor produtivo dialogam com o deputado federal Osmar Serraglio, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, para alterar a lei. “Somente assim vamos preservar empregos, assegurar avanços por meio de novos investimentos e atualizar uma matéria há muito defasada”, diz Zydek. O percurso até a mudança não será curto nem fácil, por isso, de acordo com ele, todos precisam estar unidos para que os prejuízos da lei não sejam ainda maiores.
A Hora in itínere, seguida rigorosamente pelos tribunais da Justiça do Trabalho, determina que as empresas paguem aos funcionários o tempo de percurso consumido de sua casa à empresa e vice-versa. Por mais incoerente que possa parecer, a cobrança vale quando a empresa coloca ônibus confortável e direto aos colaboradores, e deixa de ter efeito quando o funcionário se vira por conta própria, por meio de veículo particular ou com uso de transporte coletivo. A aplicação da lei já levou a cerca de mil demissões e coloca em risco 15 mil empregos no Oeste do Paraná.
As pessoas que perdem oportunidade de trabalho são aquelas que moram em cidades pequenas próximas de outras onde estão localizadas as grandes empresas que contratam mão de obra. São 87 as cidades, inclusive do Mato Grosso do Sul, que fornecem trabalhadores para as indústrias e cooperativas. Pessoas que, não fossem essa alternativa, não teriam renda para sustentar a família. Elias Zydek deu o exemplo de Missal, cidade próxima de Medianeira. Cerca de 20% da força de trabalho do município atua em outras cidades. Caso os desligamentos ocorram, o impacto na economia de Missal será brutal.

Problemas
As deficiências estruturais e legais impostas pelo Brasil criam, em vez do contrário, dificuldades imensas a quem gera emprego e a quem quer ganhar a vida honestamente. Se a medida da Hora in itínere não for mudada haverá, pelo menos no Oeste do Paraná onde está bom número das maiores cooperativas do País, danos sérios à economia de muitas cidades. Trabalhadores das pequenas ficarão desocupados e elas terão dificuldades de seguir crescendo. Por outro lado, as cidades-sede das indústrias poderão ser inchadas pressionando as já limitadas estruturas públicas, como escolas e unidades de saúde.

Fonte: Caciopar

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