Acime participa da Primeira Reunião Empresarial da Caciopar, realizada pela atual gestão
terça, 21 de junho de 2016
Acime participa da Primeira Reunião Empresarial da Caciopar, realizada pela atual gestão
O presidente do Conselho Superior da Acime, Júlio Zanella, juntamente com o empresário medianeirense e diretor de educação, ciência e tecnologia da Caciopar, Leandro Scalabrin, participaram no último sábado (18), em Quedas do Iguaçu, da Primeira Reunião Empresarial da Caciopar, realizada pela atual gestão.
O presidente da Caciopar,
Leoveraldo Curtarelli de Oliveira, detalhou a diretores, empresários e
convidados, os pontos do planejamento estratégico elaborado pela gestão
2016/2018. O trabalho colocado como meta para os próximos dois anos vai se
alicerçar em três eixos centrais: Desenvolvimento local, Cultura associativista
e Prestação de serviços.
No primeiro eixo, o planejamento definiu pela
realização de ações de disseminação dos conceitos de desenvolvimento
territorial. Os avanços nessa direção serão buscados por meio do estímulo à
implantação e funcionamento de conselhos de desenvolvimento econômico, de
observatórios sociais e pela criação de um fórum de acompanhamento das moções
da Caciopar. Nos três, conforme Leoveraldo, o envolvimento de líderes e de
entidades organizadas é fundamental.
A finalidade da cultura associativista é
trabalhar para fortalecer o programa Empreender (dá suporte aos núcleos
setoriais, multissetoriais e territoriais) e promover reuniões regulares do
Conselho Deliberativo da Caciopar (é formado por presidentes das 46 associações
comerciais representadas pela Coordenadoria). Já quanto à prestação de
serviços, o foco será potencializar o mix de produtos e de serviços que as Aces
oferecem às empresas. Também foi definido pelo fomento a capacitações
específicas de executivos e fortalecer o departamento comercial das associações
comerciais.
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Vídeo orienta sobre importância do voto
Um vídeo produzido pela Fiep, a Federação das
Indústrias do Estado do Paraná, foi exibido no sábado, durante reunião
empresarial da Caciopar em Quedas do Iguaçu. Ele traz imagens, recortes de
jornais e informações de sites sobre o grau de corrupção que o País alcançou
nos últimos anos.
O material mostra também resultados pontuais de
operações como a Lava Jato, que levou ao banco dos réus e à cadeia políticos e
grandes empresários. A mensagem central do vídeo é da importância do voto para
conduzir o País por caminhos do desenvolvimento, do respeito e da prosperidade.
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Araupel
Diálogo ajuda a reduzir tensão em áreas
invadidas
O sócio-proprietário da Araupel, Tarso Giacomet,
passou uma mensagem de otimismo aos diretores da Caciopar, aos empresários e às
autoridades que participaram no sábado, no Centro da Cultura, do encontro
empresarial da Caciopar em Quedas do Iguaçu. O diálogo ajuda a reduzir a tensão
na cidade e nas áreas invadidas e abre perspectivas para solução a uma questão
que se arrasta há anos, afirmou o industrial. Uma notícia citada como positiva
por Tarso é a do recente retorno de funcionários da empresa à principal área de
extração de madeira, na Pinhal Ralo.
Tarso começou a apresentação com um vídeo que
mostra o grau de compromisso da Araupel com o planejamento, a técnica, o
respeito ao meio ambiente, às pessoas e ao desenvolvimento. Ela conta com um
viveiro de mudas com capacidade de produção de dois milhões de mudas por ano e
com um complexo industrial moderno e atento às mais diversas legislações.
Informou da recente inauguração de uma indústria de molduras em Guarapuava e
que dobra a atual capacidade da Araupel. A fábrica exigiu investimento de R$
150 milhões e dá emprego a 400 pessoas – o número dobrará em breve.
Outra boa notícia, conforme Tarso, é que o grupo
acabou de fechar parcerias que garantem sustentabilidade em madeira pelos
próximos 30 anos à indústria instalada em Guarapuava. A nova unidade trabalhará
em sintonia com a de Quedas do Iguaçu, onde a empresa em setembro completará 44
anos de atividades. Os números da Araupel só não são ainda melhores devido às
invasões que o grupo sofre há 20 anos por integrantes do Movimento Sem-Terra.
As ações do MST levaram à formação de três assentamentos em área superior a 50
mil hectares, e que pertenciam à indústria.
Mesmo assim, o MST fez novas invasões nos
últimos dois anos na região de Quedas do Iguaçu, trazendo sérios prejuízos à
atividade industrial, ameaçando empregos, criando sérias dificuldades
financeiras a terceirizados e promovendo uma brusca desvalorização imobiliária
no município. Em Quedas, a Araupel gera 1,2 mil empregos diretos. Porém, são
mais de dez mil pessoas que, de uma forma ou outra, dependem dela. Tarso
informou que a empresa conta com todos os títulos e documentos que comprovam
que é dona da área desde 1913. “Nos próximos dias, o TRF4 deverá pacificar a
questão sobre a Rio das Cobras, a menor das áreas em questionamento, o que é
uma grande notícia”, afirmou.
Durante meses a Araupel não pôde tirar madeira
de suas principais áreas de corte, impedida pelo MST. Ela chegou a precisar
buscar matéria-prima a 300 quilômetros de distância para não parar a indústria
e preservar empregos. No recente acordo com o Movimento e a Justiça, o clima
amainou porque a empresa colocou à disposição das famílias uma área de 190
hectares e que ficará a disposição delas até que o Incra encontre formas legais
de assentá-las. Tarso agradeceu o apoio da Caciopar e de outras entidades em
favor do constitucional direito à propriedade.
Com as novas sinalizações, a indústria já pensa
em retomar investimentos que foram paralisados. Mas, antes, precisará recompor
o viveiro de mudas em áreas de plantios jovens que foram destruídos pelo MST. O
presidente da Coordenadoria, Leoveraldo de Oliveira, reafirmou o apoio e disse
que o respeito às leis e ao próximo é imprescindível para construir um país de
sucesso social e economicamente. Depois do almoço, diretores da Caciopar e
empresários fizeram uma visita técnica às instalações da Araupel.
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Decreto 442 traz dificuldades a setores da
indústria
Diferente do que ocorre em outros países, no
Brasil o excesso de leis e de regras traz desafios adicionais no cumprimento
das exigências do fisco. Uma das dificuldades está na possibilidade de os
estados elaborarem medidas acessórias e que trazem ainda mais complexidade à já
desproporcional carga tributária nacional. O encontro empresarial da Caciopar,
sábado em Quedas do Iguaçu, trouxe um exemplo disso. O contador Ronaldo César
da Silva falou das implicações do decreto 442/2015.
O início de um desequilíbrio que traz vantagens
para alguns setores do comércio e cria dificuldades a segmentos da indústria
está na publicação de uma resolução do Senado que mudou a lei e criou uma nova
alíquota nas relações interestaduais. Até então elas eram duas, de 7% e de 12%.
E a partir de então passou a existir outra, de 4%. Com isso, uma extensa pauta
burocrática, de acordos entre estados e da necessidade de bênção do Confaz
(Conselho Nacional de Política Fazendária) foram vencidas para que a nova
alíquota fosse colocada em prática.
A resolução do Senado desencadeou para mudanças
em campos da Nota Fiscal Eletrônica, para a criação de novos códigos para
alguns produtos e obrigações acessórias às empresas. O foco central da medida
foi taxar produtos importados destinados à comercialização ou utilização em
alguma etapa industrial. Ronaldo chegou a apresentar um exemplo prático do
impacto do Decreto 442 no cotidiano de empresas e da indústria, e mostrou que
essas perderam e que houve um desequilíbrio que não é saudável às relações
comerciais, demonstrando que mudanças sensatas precisam ocorrer para preservar
quem produz.
“Se beneficia um e prejudica outro, a medida em
questão não é boa. O equilíbrio é fundamental para que todos os setores possam
trabalhar, gerar empregos e desenvolvimento e também oferecer o retorno
esperado a quem investiu, dedicou seu tempo e talento ao negócio”, ilustrou o
contador. O diferencial de alíquota traz consequências inclusive aos
contribuintes que se utilizam do e-commerce, além de influenciar em aspectos da
substituição tributária.
Na opinião do contador Ronaldo, o único acerto
da mudança é a preservação de produtos nacionais ante os importados, porém
outros pontos precisam ser conhecidos e questionados: o resultado do impacto em
favor do Estado, prejuízo a setores da indústria, redução da competitividade
que afeta a todos, obrigações acessórias que elevaram exigências e custos e que
provoca até desentendimentos entre contribuintes e empresas.
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Cientista político sinaliza caminhos para o Brasil sair de sua maior crise
Advogado e cientista político, Frederico Junkert
é um estudioso atento do sutil movimento que há mais de 50 anos molda a mãe de
todas as grandes crises do Brasil. Ao mesmo tempo em que aponta para atitudes
fundamentais para a construção de um país diferente, contextualiza histórica,
ideológica e filosoficamente as escolhas que conduziram o Brasil a um cenário
muito próximo do caos já vivido na antiga União Soviética e que atualmente é
experimentado pelos venezuelanos.
Há poucas décadas, afirmou Frederico, a renda
per capita no Brasil era igual à da Coreia do Sul e ela correspondia a 25% da
norte-americana. Hoje, o ganho médio dos brasileiros é de apenas 19% enquanto
que a dos sul-coreanos é de 75% do que recebe um trabalhador nos Estados
Unidos. Os políticos que conduziram o Brasil à sua maior crise são adeptos,
entre outros, de teóricos como Antonio Gramsci, pensador que é o pai do
comunismo italiano.
A teoria desenvolvida por Gramsci toma por base
a violência que matou mais de cinco milhões de russos que se opunham às
radicais mudanças iniciadas em 1917. Embora a finalidade do poder absoluto seja
a mesma, nos escritos do italiano o objetivo deve ser conquistado mais pelo
jogo da inteligência do que pela força brutal dos assassinatos. O foco é a
hegemonia, método pelo qual o conceito de intelectual é desvirtuado. O
“intelectual” passa a ser todo aquele que, independentemente do seu grau de
instrução ou condição financeira, defende a causa do partido.
Em busca do que se passou a chamar de
intelectual orgânico, o partido e adeptos do socialismo começaram a infiltrar
as teorias de Gramsci nos mais diversos ambientes, mas principalmente em
escolas, universidades, imprensa, ongs, sindicatos, igrejas e editoras. “Assim,
disseminam os ideais lentamente e quando chegarem ao poder não haverá
resistência à forma de governar que adotarão”, relatou Junkert sábado durante
encontro empresarial organizado pela Caciopar no Centro da Cultura, em Quedas
do Iguaçu.
Brasil
Junkert fez um questionamento aos presentes
sobre quem são os líderes do Brasil de hoje. Quase todos eles, afirmou, têm
origem na esquerda e, por isso, não há nenhum partido que agora defenda os
princípios liberais e conservadores. A defesa dos socialistas é pela construção
de um estado gigante, que decide sobre praticamente tudo o que diga respeito à
vida dos seus cidadãos. É o oposto do que ocorre em países como os Estados
Unidos, a grande potência mundial, onde o indivíduo, sua capacidade de trabalho
e criativa, é valorizado.
A Constituição de 1988 aproximou o Brasil dos
princípios da esquerda ideológica, por isso ela prevê tantos direitos e poucos
deveres. E isso ajuda a explicar porque o governo de Dilma Rousseff enfrenta
tantas turbulências e rejeições. Não há dinheiro para fazer frente às
necessidades de tantas pessoas que não produzem e não trabalham como deveriam.
Quem paga a conta não suporta assistir a um cenário de destruição tão brutal, por
isso exige mudanças e foi para a as ruas, conforme Frederico Junkert. Na lógica
socialista há grave distorção das atribuições das instituições e o Executivo
faz, pela força, suas vontades prevalecerem.
De 1991 a 2014, a renda cresceu 103%, enquanto
os impostos saltaram em 184%. O setor público brasileiro avançou em 45% na
renda. Com despesas aumentando em 0,3% do PIB por ano, o país caminha para a
insolvência. Junkert informou sobre a criação do Foro de São Paulo, em 1990,
arquitetado por Lula e Fidel Castro, de Cuba. A ideia era provar, mesmo com a
queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, que o comunismo poderia dar
certo na América do Sul e Central. Hoje, 11 desses países têm presidentes
ligados a partidos que comungam com as regras do socialismo. Mas, diante dos
absurdos do modelo, aos poucos o projeto começa a ruir.
Um exemplo da falta de cuidado e coerência dos
socialistas com o dinheiro dos outros, conforme Junkert, pode ser medido na
conta que funcionários do fundo dos Correios terão de pagar às custas do seu
trabalho. Um rombo de R$ 5,6 bilhões foi produzido porque diretores decidiram
investir em títulos da dívida pública da Venezuela. Outro disparate,
acrescentou, está no Brasil, mesmo com sérios problemas de infraestrutura, dar
dinheiro para mais de 20 grandes obras em países alinhados a ele politicamente.
Aqui o que reina, afirmou, é o capitalismo do compadrio, onde cada um procura,
a partir do poder público, atender aos seus interesses pessoais.
Venezuela
O Brasil estava caminhando, e ainda corre esse
risco se Dilma Roussef não for definitivamente afastada, para a Venezuela. Lá,
a política de Hugo Chavez e agora de Nicolás Maduro provocam um cenário
indescritível. Quase a totalidade das pessoas não tem acesso a comida, energia
elétrica e água tratada. Há poucos dias, o país viveu uma grande epidemia de
sarna devido às condições insalubres. “Mais uma vez está aí a prova de que esse
regime, que Lula e tantos outros defendem, jamais dará certo”, afirmou o cientista
político. Lá, os protestos já mataram dezenas de pessoas que não concordam com
uma lógica tão cruel, afirmou Junkert.
Diante de evidências e de semelhanças tão
próximas à da Venezuela, os brasileiros acordaram e fizeram, em poucos meses,
as três maiores manifestações populares da história do mundo. A mais recente,
em maio último, levou 6,5 milhões de pessoas às ruas. A construção de um país
diferente passará pela abertura à competitividade, poupança doméstica robusta,
educação de qualidade, boa infraestrutura, gasto público eficiente, redução do
tamanho do Estado e fim do esquema de poder da esquerda ideológica, que
encontra nas universidades públicas caminho fértil. “Em vez de justificar o
enorme investimento de quem paga a conta e formar cidadãos sérios, éticos e
responsáveis, nossas universidades são centros formadores de militantes de
esquerda”, lamentou Frederico Junkert.
Vigilância
O presidente do Movimento Brasil Livre/Paraná,
Luiz Felipe Martins França, também participou do encontro da Caciopar no
sábado, em Quedas. Ele afirmou que, apesar das mobilizações sociais e do
resultado de operações como a Lava Jato, os brasileiros precisam estar atentos
e então citou o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson: “O preço da
liberdade é a eterna vigilância”. Caso os brasileiros voltem ao omisso repouso
que durante anos permitiu o projeto de governo do PT, o País então terá um
futuro extremamente preocupante pela frente.
Fonte: Caciopar
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